Um OMUNGA Box para todos os seres humanos

O OMUNGA Box de Natal foi mais especial do que poderíamos imaginar.

Além de viabilizar a construção de bibliotecas e realizar as formações continuadas de professores, a OMUNGA deseja inspirar cada vez mais pessoas a ajudarem outras e promover a transformação social que tanto buscamos. É por isso que temos no OMUNGA Clube o caminho para alcançar este objetivo. Acreditamos que, ao ajudar pessoas, nos tornamos mais felizes e desenvolvemos seres humanos mais humanos.

A ideia de trazer mais sentido para nossas vidas, beneficiando milhares de crianças e centenas de professores, possui relação forte com o desejo da escritora e publicitária Gisele Medeiros. A Gi, como a chamamos carinhosamente, nos instiga a pensar fora da caixa por meio de suas reflexões e a construirmos uma vida mais simples, criativa e, principalmente, feliz.

E essa ligação forte – entre o propósito da OMUNGA e as inspirações da Gi – fez com que os assinantes do nosso Clube recebessem de presente na OMUNGA Box de Natal o livro “Ser Humana”. No texto abaixo, a escritora apresenta suas motivações e inspirações sobre o livro – e a vida!

Desejamos que os nossos assinantes se emocionem e se inspirem com este presente. Ah, e fica a dica para você inspirar outras pessoas dando este livro tão especial como presente de Natal, ainda mais neste ano em que repensamos tanto as nossas vidas.

Boa leitura! Muito obrigado e um forte abraço do time da OMUNGA!

 

 

Deixamos tudo no Brasil para remodelar a vida num lifestyle minimalista na Holanda:
“Por que não selecionar nossas escolhas de vida e carreira de forma tão criativa quanto escolhemos tudo mais”?

Assim como a história da OMUNGA, a nossa começou com um pensamento bem fora da caixa:“Por que não repensar a vida? O que nos impede de experimentar de uma forma totalmente nova e diferente a carreira, o tempo e as escolhas que fazemos para nossos filhos?”.

Minha proposta para o Giu, que inclusive é um dos conselheiros da OMUNGA, veio num dia de inverno, na praia, quando esperava pela chegada do nosso segundo filho, o Théo. Estávamos no auge das nossas carreiras, tínhamos uma vida bastante confortável, mas me inquietava o fato do tempo dedicado ao trabalho ocupar quase toda a vida. Sempre fui apaixonada pelo que faço, mas sentia que o tempo dedicado à Nick, minha primeira filha, era insuficiente ou bastante desigual quando comparado às necessidades e expectativas que eu nutria enquanto mãe.

 

 

Assim a nossa escolha não foi motivada por uma melhor qualidade de vida, segurança ou educação para os pequenos. O que queríamos era tempo. Queríamos experimentar o trivial, estar com nossos filhos por mais horas, sem terceirizar aquilo que achávamos serem os momentos mais importantes. Queríamos pensar a vida e a carreira criativamente. Escolher nosso próprio modelo.

Em 2018, chegamos em Amsterdam com 9 malas, uma criança, um recém-nascido, uma diferença térmica de 57 graus e quase nenhuma noção. Fiz o que sonhei sem coragem por anos: apertei o reset e comecei a vida de novo. Toda essa trajetória está contada no livro Ser Humana.

 

 

O feminino é o tema central do livro, mas é gratificante perceber a crescente identificação dos homens com os textos. Brinco tratar-se de uma obra para todos os seres humanos. Estamos vendo nascer uma nova masculinidade, que se permite sentir. Os modelos profissionais pós maternidade penalizam não apenas as mulheres, mas toda a sociedade. 

No Brasil, modelos de trabalho híbridos e flexíveis ainda não são a prática, assim como vemos na Europa. As opções que eu podia enxergar na época eram abrir mão do tempo com meus filhos ou da carreira. Eu não queria nenhum dos dois cenários e assim a busca por um caminho do meio me inquietou por bastante tempo. Além disso, essas não são mais opções viáveis para a maioria de nós, já que um quarto das famílias brasileiras é liderada por mães solo. Ou seja, mulheres que precisam estar presentes e serem bem remuneradas porque suas famílias dependem delas.

Sempre acreditei que temos a vida que escolhemos, mas não havia me permitido na prática o experimentar de novos caminhos. Estamos desacostumados a olhar para nós mesmos e avaliar o que funciona ou não para nossas famílias. O medo do novo e a paralisia por análise (hiper-reflexão) são outras barreiras a serem enfrentadas.

As pessoas em geral têm uma tendência de projetar a felicidade para o futuro: quando eu me formar, quando meus filhos crescerem, quando eu me aposentar. O fato é que quando não se consegue experimentá-la no presente, nada garante que haverá condições de experimentá-la lá na frente. E eu tinha sede de agora.

 

O que significa viver uma vida criativa?

Cunhei este termo para mim mesma (me perdoem os entendidos no assunto caso já exista algo publicado por aí) para me lembrar de viver a vida sob meus próprios termos. Sendo publicitária me acostumei a usar a criatividade no trabalho e a emprestá-la para todas as demais áreas da vida. Sempre achei curiosa a percepção das pessoas a respeito da originalidade, achando se tratar de um dom ou um talento somente dos em profissões ditas criativas.

Vida criativa é aquela que a gente escolhe e cria. É quando refletimos sobre o que nos serve e nos propomos a fazer algo que nos parece certo ali na boca do estômago, ainda que totalmente contrário ao curso da correnteza. É uma vida amplificada, sem receita, com mais significado e medidas de sucesso que só fazem sentido pra gente mesmo. É algo que vamos aprendendo e ajustando com os tombos pelo caminho. Também é sem dúvida uma trilha mais desafiadora, menos pisada e por isso muito mais valente.

Neste tempo de mudanças tenho aprendido a me reconciliar com meus papéis. Encontrei uma nova carreira pra chamar de minha e outros jeitos de ser mãe. Estudei e me apaixonei por um tema totalmente novo para mim: a felicidade. Os textos, que foram nascendo naturalmente, foram sendo publicados no blog The Brave New Life, e acabaram virando livro.

 

 

Em paralelo, experimento e empreendo, buscando criar uma rede colaborativa entre criativos. Um trabalho sem crachá e sem limites geográficos, onde cada uma empresta um pouco da sua especialidade para ajudar novos empreendedores em sua missão de comunicar sua mensagem para o mundo. Também produzo conteúdos sobre empreendedorismo feminino, entrevistando mulheres em carreiras criativas em diferentes partes do mundo, do Egito à Polônia.

Minha expectativa é que o conteúdo auxilie outras mulheres na construção de uma visão mais positiva e inspiradora a respeito de seu potencial criativo. Não consigo imaginar um mundo privado do talento criativo das mulheres. Acredito que a reconciliação entre gêneros, entre nossos papéis e nossas próprias expectativas é o caminho mais eficiente para construirmos o mundo que queremos para nós e para nossos pequenos, e é isso que busco em cada uma das linhas que escrevo.

Serviço: 

O livro Ser Humana está a venda neste site e também disponível no Kindle. O prefácio foi escrito pelo autor Marcos Piangers, e os exemplares vêm acompanhados de cartões para presentes com frases como “Você é minha Ser Humana preferida” e são uma boa alternativa de presente neste Natal para mulheres que precisam de um tempo para reconsiderar tudo aquilo que traz felicidade e que por algum tempo foi ignorado: carreira, relacionamentos, tempo, fé e tudo mais que as faz valentes e imperfeitas.

Sobre a autora: 

Gisele Medeiros é publicitária e escritora. Tem especialização em Marketing pela ESPM, Gestão de Negócios pela FGV e Psicologia Positiva e ciência do bem-estar e autorrealização pela PUC. Dedica-se a criação de conteúdos diversos, que vão desde a Comunicação à felicidade de uma vida mais simples. Em suas produções destacam-se especialmente os temas relacionados ao feminino e ao incentivo de um experienciar criativo da carreira por parte das mulheres. Hoje vive com seu marido e dois filhos na Holanda. Seus relatos sobre este novo tempo podem ser vistos também no blog.