Não somos uma ONG!
Começar um empreendimento como a grife social OMUNGA é realmente um desafio, em primeiro lugar, pela ideia em si: empresa privada com fins sociais. Isso mesmo, não somos uma ONG.
No Brasil e em outros países em desenvolvimento da África e Ásia, ainda não há formato jurídico específico para negócios sociais. As iniciativas acabam sendo estruturadas sobre outro modelo jurídico, no caso da OMUNGA, um Comércio de Vestuário LTDA, enquadadra no SIMPLES.
Nos EUA, os negócios sociais são organizados em múltiplas formas organizacionais e jurídicas. Os americanos entendem os negócios sociais como organizações privadas com lógica de mercado dedicada a solução de problemas sociais. Na Europa, a empresa social tem formalização jurídica na maioria dos países e é fruto da tradição da economia social europeia. Prega associativismo e cooperativismo.
Por atuarmos em causas sociais, é comum nos confundirem com ONGs, associações, ou atrelarem nossas ações à iniciativas de caridade, ações entre amigos, além de questionamentos sobre nossa forma de remuneração.
Hoje, todos nós atuamos como voluntários, isso é, sem nenhum retorno financeiro. Porém, em breve, os profissionais que atuam diretamente em nossa operação deverão ser remunerados, como em qualquer outra empresa. No caso da OMUNGA, de forma planejada, transparente e condizente com os nossos propósitos.
Outro fator que nos diferencia das empresas privadas tradicionais é que não existe retirada financeira com base no lucro para os sócios, como, por exemplo, bônus, participação dos resultados, etc. Todo lucro é revertido para as causas em questão.
Somos uma empresa que, como qualquer outra que deseja crescer, estuda tendências, observa o mercado, estuda público/clientes, procura os melhores parceiros e fornecedores, cria metas, monitora a performance, busca resultados e procura realizar os melhores investimentos. Nosso foco são projetos de educação em lugares de extrema carência, usando como ferramenta bibliotecas, onde sua construção foi promovida com a nossa participação, e a capacitação de professores com foco na formação de leitores.
Futuramente, e em paralelo, teremos um instituto para obtermos participação nos recursos do governo federal, participarmos de programas de financiamento para captação de recursos, oferecer benefícios fiscais para empresas parcerias e pessoas comuns, além de estarmos aptos a receber doações de todos os gêneros.
Até lá, estaremos fazendo o possível para nos mantermos legalizados, legitimados, em dia com os órgãos competentes e totalmente focados na transparência, pois esse será outro fator que irá sustentar nosso crescimento. Vamos avançar!
Obrigado por visitarem nosso blog e até a próxima pessoal.
Roberto Pascoal – Empreendedor Social