#omungasoul | Nossa MISSÃO
A nossa comunidade é o mundo todo. TODO!
Durante 05 anos de período sabático em regiões de extrema vulnerabilidade social da África e do sertão do Brasil, vivenciei realidades que eu só conhecia por relatos de pessoas, matérias da imprensa e publicações em redes sociais.
Foto Divulgação
Antes de conhecer, pessoalmente, regiões desse contexto, eu me questionava por que, ainda, pessoas viviam naquelas condições. Se era por falta de amparo do poder público, privado e/ou das organizações sociais, se era porque nós, pessoas comuns, não nos importávamos o suficiente ou se era um comodismo seguido de conformismo e vitimização que promovia a falta de esforço daquelas pessoas.
Apesar dos meus questionamentos, eu acreditava que aquilo não era um problema meu. “Problema meu” era o que estava no meu entorno. Era o bairro e a cidade onde eu moro. Era o que poderia beneficiar quem eu conhecia ou a mim, diretamente. Os problemas “lá de longe” eu lamentava, mas, no fundo, existia um relativo descaso do tipo: Eles que se virem, alguém de lá que resolva, o poder público que se mexa, DEUS que faça etc.
Naqueles tempos em que eu desbravava um mundo desconhecido, mas que também faz parte do mundo que vivemos, percebi que a vulnerabilidade (odeio a palavra pobreza) não está relacionada a disposição ao trabalho. Conheci pessoas que jamais tiveram acesso ao “meu mundo”. E se elas desconheciam esse mundo que é comum para mim e para você que está lendo esse texto, incluindo o estímulo familiar e social voltado aos estudos e carreira ao invés da subsistência, livros, professores mais capacitados, regiões urbanas, emprego, internet e redes sociais, como elas poderiam sonhar, construir objetivos e dedicar-se para fazer jus ao chavão “quem quer mesmo vai lá e faz” ou “é só uma questão de esforço”?
Eu nunca esquecerei do dia em que, numa das primeiras viagens ao sertão do Piauí, após quase 06 horas de viagens em um pequeno caminhão denominado “pau de arara” sertão a dentro, perguntei para uma menina o que ela queria ser quando crescesse e ela não soube me responder. Ela não sabia o que era uma profissão. Ela não sabia que, se estudasse ao invés de trabalhar na lavra, poderia ser professora, veterinária, advogada, etc. Ela me disse, em outras palavras, que não tinha escolha.
Conforme os meses passavam e eu adentrava mais naquelas regiões, eu percebia que aquele não era um caso isolado.
Quantos julgamentos infelizes da minha parte! Como fui cego, arrogante, prepotente e egoísta! Quanta impiedade em minhas reflexões, em minhas palavras e nos meus julgamentos de uma realidade que eu desconhecia (diretamente de minha bolha social).
Eu percebia que aquelas crianças, principalmente as meninas, estavam condenadas não pela falta de vontade de estudar ou trabalhar, nem pelo conformismo, vitimização, comodismo ou por se contentar com qualquer programa social. Elas estavam condenadas pela vulnerabilidade em que elas se encontravam.
Depois de me deparar com tantos exemplos semelhantes, não foi difícil pensar na educação como uma ponte entre crianças que vivem em regiões distantes ou isoladas, cidades pequenas com indicadores sociais em patamares alarmantes, onde poucas ou nenhuma organização social atua, e as oportunidades desse mundo que eu e você conhecemos bem.
A partir daí, com muita coragem, determinação, resiliência, persistência e amor à causa, fundamos a OMUNGA. Juntamente com um time de mentores, conselheiros e simpatizantes de nosso trabalho, nasceu, quase que intuitivamente.
MISSÃO OMUNGA
Potencializar a capacidade das crianças em construírem seu futuro com liberdade, autonomia e poder de escolha, por meio da educação.
Não se trata de assistencialismo, embora seja um relevante componente de auxílio social. Trata-se de mudanças concretas na percepção de mundo, oportunidades e clareza para que cada indivíduo possa estar apto para escolher o tipo de vida que ele deseja.
Assim, dentro do universo da educação, valorizamos os professores por meio de formações continuadas e instrumentalizamos educador e aluno, por meio de bibliotecas.
Nossa missão vem contagiando pessoas, empresas, poder público, organizações sociais, imprensa e os próprios beneficiados. Ficamos ainda mais orgulhosos quando constatamos que estamos ajudando pessoas a ajudar pessoas, além do seu entorno, pois se desejamos “um mundo melhor”, precisamos olhar para todos! TODOS!
Cada vez mais, a OMUNGA se torna um símbolo de transformação social, que dá luz a milhares de crianças e professores que vivem nos confins desse Brasil e que possuem o mesmo direito a uma vida com liberdade, autonomia e poder de escolha como qualquer criança do mundo.
Estamos rompendo as fronteiras da solidariedade e potencializando, literalmente, um mundo melhor para todas as crianças desse mundo.
E se você se identifica com nossa missão e deseja fazer parte dela, assine o OMUNGA Clube (Clique aqui) ! O OMUNGA Clube é um clube de assinatura para quem valoriza e acredita nas crianças, nos professores e na educação. Se você já faz parte MUITO OBRIGADO! MESMO!
Com carinho, gratidão e respeito,
Roberto Pascoal
Empreendedor Social e Fundador da OMUNGA Grife Social e Instituto
[email protected]
Esse texto é a primeira ação de uma campanha denominada #omungasoul que visa disseminar e fortalecer o que nos move, nossos objetivos, identidade, forma de atuação e realizações. O nosso espírito de desbravamento pela educação será compartilhado com seguidores, assinantes, doadores, parceiros, investidores privados, mentores, conselheiros, voluntários e todos que fazem parte da OMUNGA e também com aqueles que desejam engajar-se a uma causa e colocar em prática aquilo que nos torna humanos mais humanos: ajudar pessoas!