Os impactos positivos do Projeto OMUNGA no Monte Roraima

🌄 Antes, no topo do Monte Roraima. Agora, aos pés do Monte, em Uiramutã

Após uma jornada reveladora até o topo do Monte Roraima, a equipe da OMUNGA retornou a Uiramutã-RR com os propósitos e o senso de compromisso renovados.

Essa expedição marcou mais do que uma aventura inesquecível. Foi uma imersão cultural e espiritual neste território de riquezas ancestrais, memórias vivas e resistências que insistem em não se deixar apagar.

🌿 Escuta, diálogo e construção coletiva

A presença da OMUNGA em Uiramutã é sempre pautada pela escuta ativa e pelo respeito às lideranças indígenas e não indígenas. Nos reunimos com os Tuxauas, líderes tradicionais das comunidades, para alinhar os próximos passos e atualizar as ações do projeto.

Cada decisão é construída de dentro para fora, em diálogo com professores, anciãos, mediadores, demais moradores e com os Tuxauas.

Nada é imposto. Tudo nasce do consenso e da partilha.

Esse é o verdadeiro sentido de uma educação intercultural: aprender sobre novas culturas e integrá-las para potencializar os saberes.

🗓️ Uma semana de encontros e caminhos

Entre os dias 27 de julho e 3 de agosto, a equipe da OMUNGA percorreu uma longa jornada que atravessou o país. Daniel Machado (Coordenador Cultural e Fotógrafo da OMUNGA) e Anderson Titz (Conselheiro do Instituto OMUNGA) saíram de Joinville-SC para encontrar Roberto Pascoal (Empreendedor Social e Fundador da OMUNGA) em Boa Vista-RR.

Pascoal já se encontrava na região após ter subido ao cume do Monte Roraima, em uma expedição de reconhecimento técnico para o documentário do projeto (para ver a publicação anterior, clique aqui).

Após o deslocamento até o município de Uiramutã, o grupo visitou comunidades e centros indígenas como Pedra Branca, Flexal e Monte Moriá, realizando uma série de encontros os Tuxauas, outras lideranças comunitárias, professores e anciãos.

Entre os momentos mais marcantes da semana estiveram:

Foram dias de escuta e honra, em que o time da OMUNGA teve o privilégio não apenas de ouvir, mas também de registrar histórias sobre a origem das comunidades, sobre as primeiras professoras da região e sobre a esperança que move os povos originários do Brasil em serem vistos, respeitados, reconhecidos e honrados. A expedição encerrou-se com uma reunião interna de consolidação e análise, em que foram sistematizadas as percepções e demandas apresentadas pelas comunidades. Um passo essencial para o avanço das próximas etapas do projeto.

📚 Educação que nasce da terra

Em breve, o projeto dará mais um passo significativo: serão entregues aproximadamente 500 livros infantis para cada um dos 9 Centros Indígenas parceiros.

Mais do que exemplares físicos, esses livros representam pontes entre culturas, gerações e saberes, fortalecendo a leitura, a imaginação e a identidade das crianças da região.

Desde o início do projeto “OMUNGA no Monte Roraima”, em 2023, já foram distribuídos mais de 4.400 livros e realizados 4 dos 6 ciclos de formação com professores da rede pública, sempre valorizando a educação com raízes locais e saberes ancestrais.

🎥 Memórias que viram documentário e livro

A partir dessa vivência, a OMUNGA iniciou a produção de um documentário e de um livro, ambos viabilizados com apoio do Ministério da Cultura, por meio da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).

Essas obras estão em fase de pesquisa e roteirização e têm como objetivo registrar as memórias, histórias, conjunto de crenças, valores, percepções e tudo que potencialize a identidade dos povos que vivem aos pés do Monte Roraima, na região de savanas da Amazônia Legal. Os registros reúnem relatos de professores, Tuxauas e anciãos, compondo um mosaico de narrativas sobre identidade, educação e resistência cultural.

🏠 A primeira Biblioteca, uma Casa de Memórias de Uiramutã

Um dos frutos mais significativos dessa caminhada é a idealização da primeira Biblioteca que será também uma Casa de Memórias de Uiramutã.

Mais do que um espaço físico, será um território de pertencimento e memória, onde livros, especialmente de escritores e escritoras indígenas, e registros audiovisuais poderão ser compartilhados, fortalecendo o protagonismo local e o orgulho das novas gerações.

📊 Impactos até aqui

✅ +4.400 livros distribuídos para as escolas municipais de Uiramutã;
✅ 4 ciclos formativos concluídos com professores locais;
✅ Documentário em desenvolvimento;
✅ Livro em fase de entrevistas e captação de conteúdo;
✅ Idealização da 1ª Biblioteca e Casa de Memórias de Uiramutã.

Esses números traduzem o impacto mensurável de uma atuação contínua e comprometida, mas também representam algo intangível: as memórias de um dos maiores territórios indígenas do país eternizadas por seus próprios protagonistas: professores, alunos e Tuxauas.

🤝 Faça parte dessa transformação

A OMUNGA acredita que a leitura é um direito de todas as crianças, independentemente de onde estejam, e que a cultura é uma das mais poderosas formas de transformação e inclusão social.

👉 FAÇA PARTE! CLIQUE E DOE AGORA!
Com o apoio de empresas e pessoas físicas, esse projeto pode alcançar ainda mais escolas e comunidades da Amazônia Legal.

Torne-se um investidor deste projeto que é viabilizado pela Lei de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet.

✨ Sobre o Projeto “OMUNGA no Monte Roraima”

O projeto é aprovado pelo Ministério da Cultura (PRONAC 212787) e atua no desenvolvimento de professores, doação de livros, produção de documentário e livro, beneficiando diretamente mais de 1.800 crianças e 225 educadores de Uiramutã-RR, a cidade mais indígena, mais jovem e uma das mais isoladas do Brasil.

🕊️ Palavras que ficam

“Subir o Monte Roraima foi um ato de escuta transcendental, sagrado. Descer foi um compromisso de honra.

Registrar, partilhar e transformar memórias em caminhos de futuro. Pois, o futuro é ancestral”
— Roberto Pascoal, fundador da OMUNGA