Expedição OMUNGA: 2ª vez em Uiramutã! Vem aí o Projeto OMUNGA no Monte Roraima

Estamos em expedição! O empreendedor social, Roberto Pascoal, visita Uiramutã para articular e engajar o poder público da cidade sobre o novo projeto da OMUNGA

A OMUNGA começa mais uma expedição de desbravamento pela educação. No dia 15 de maio, o empreendedor social e presidente-executivo da OMUNGA Grife Social e Instituto, Roberto Pascoal, chegou em Uiramutã, no interior de Roraima. O desembarque ocorreu após quase três dias de viagens, repletos de escalas aéreas e percursos de difícil acesso de ônibus.

Durante a expedição, Roberto Pascoal participa de reuniões com prefeito e vice-prefeito, secretários da educação, turismo, bem-estar social e meio ambiente e representantes da comunidade escolar. A viagem tem como objetivo engajar o poder público para uma cooperação que visa à execução do novo projeto da OMUNGA: OMUNGA no Monte Roraima.

Pascoal participa de reunião no gabinete do prefeito, Tuxaua Benisio.

Desta forma, as trocas envolvem conversas sobre os impactos do projeto em cada secretaria, o estabelecimento de contrapartidas por parte da prefeitura e ainda a coleta de informações complementares para finalização do projeto. Esta é a segunda expedição da OMUNGA para Uiramutã. Em novembro de 2020, com a diminuição de casos e mortes por Covid-19 em todo Brasil, Pascoal já esteve na cidade.

A intenção foi conhecer o município, os professores, a comunidade escolar, os povos indígenas e ainda realizar escutas iniciais para verificar as percepções sobre a aceitação de um projeto da OMUNGA na cidade. As percepções foram altamente positivas e Pascoal percebeu que Uiramutã se adequa muito bem ao perfil de cidades que são o foco de trabalho da OMUNGA.

Pascoal durante entrega de atividades escolares à família da comunidade Água Fria.

Vale ressaltar que, para garantir a segurança por causa da pandemia, o empreendedor social segue todos os protocolos durante a viagem, como, por exemplo, o uso de máscara, utilização do álcool em gel e respeito ao distanciamento social. Além disso, Pascoal também realizou teste para detectar o vírus da Covid-19 no organismo, antes de embarcar para o município, tendo o resultado negativo.

Por que Uiramutã foi escolhida para ser beneficiada pela OMUNGA?

Uiramutã está localizada no extremo Norte do Brasil, fazendo fronteira com a Guiana e a Venezuela. Para se ter ideia, o difícil acesso à cidade faz com que a viagem de 315 quilômetros, partindo de Boa Vista, capital de Roraima, tenha duração de cerca de nove horas e sugere-se a utilização de carro com tração nas quatro rodas para o percurso.

Uiramutã está localizada no extremo Norte do Brasil.

Outro dado importante é com relação a população de Uiramutã. Estima-se que cerca de 90% da população do município seja composta por etnias indígenas, por exemplo. A região abriga grandes reservas indígenas, como as terras de Raposa Serra do Sol, que começou a ser demarcada em abril de 2005.

Assim, o município adequa-se ao perfil de cidades atendidas pela OMUNGA: distantes ou isoladas, onde poucas ou nenhuma organização social atua, com indicadores sociais em patamares alarmantes.

Conforme relatório de 2019, o município possui nota de 2,6 (em escala de 0 a 10) no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB – INEP/Ensino Médio/2019). Também é considerada a 5ª cidade mais vulnerável do Brasil, segundo o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM – Atlas de Desenvolvimento Humano/2013).

Entrega de atividades escolares para os alunos da Comunidade de Água Fria. Foto: Acervo OMUNGA.

Por fim, segundo o Atlas de Vulnerabilidade Social (IVS – IPEA/2017), Uiramutã tem nota de 0,717 no indicador social. O IVS considera três dimensões básicas do desenvolvimento humano: infraestrutura urbana, capital humano, trabalho e renda. Quanto mais próximo de um, maior a vulnerabilidade.

OMUNGA no Monte Roraima abre nova oportunidade de educação cultural

A troca de experiências, a integração de saberes e o momento de escuta entre a comunidade escolar e a OMUNGA, acontece em qualquer região onde atuamos. Em Uiramutã, não seria diferente. De acordo com Roberto Pascoal, este projeto representa uma nova oportunidade de aprendizagem para o time da OMUNGA, já que será o primeiro projeto totalmente imerso num território indígena.

Roberto Pascoal em troca de saberes com Professores indígenas. Professor Alex e Professora Luciane da etnia Macuxi.

“Será uma oportunidade fantástica de aprendizado com os povos originários e nos sentimos honrados em poder servi-los com nossa experiência, que soma saberes e potencializa a preservação da cultura e, consequentemente, a educação”, explica.

Uiramutã é uma cidade rodeada de belezas naturais, riquezas culturais e humanas. Além das rodas de conversa com representantes do município, Roberto Pascoal também deve fazer uma imersão completa no contexto da cidade. Por isso, o empreendedor deve mergulhar, nos próximos dias, no cotidiano de Uiramutã, fazendo conexão com pessoas, saberes e tradições da região, além de profundo contato com a natureza e o meio-ambiente.

Como vai funcionar o projeto OMUNGA no Monte Roraima?

O projeto visa a realização de dois anos de formações culturais para todos os professores da rede pública de Uiramutã, sendo três ciclos em cada ano. Também está prevista a distribuição de livros para as 60 escolas municipais da cidade, a produção de material audiovisual de média metragem (que deve apresentar a execução do projeto), e um livro que retratará as riquezas culturais de Uiramutã, pelo olhar da comunidade escolar.

Para Luiz Melo Romão, coordenador de projetos e responsável pela elaboração do projeto OMUNGA no Monte Roraima, explica que esta iniciativa tem como potencial fomentar a capacidade das crianças de construírem seu futuro com liberdade e autonomia, por meio da educação. Além disso, também irá promover aos professores reflexões sobre os desafios e anseios relacionados as práticas pedagógicas.

A expectativa é de beneficiar cerca de 2 mil alunos e 170 professores da rede municipal de ensino.

Clique aqui e conheça os outros projetos da OMUNGA. 

Captação de recursos para viabilizar o projeto da OMUNGA em Roraima 

O projeto será viabilizado com recursos de empresas que utilizam a Lei de Incentivo à Cultura (antiga Lei Rouanet) para investimentos sociais e culturais. Desta forma, nas próximas semanas, o projeto será submetido para avaliação do Ministério da Cidadania (Secretaria Especial da Cultura). Após a aprovação para captação, daremos continuidade aos contatos com possíveis investidores. A viabilidade do projeto também contará com doações de pessoas físicas e jurídicas, por exemplo.

O pequeno Alex Junior, 7 anos, pertence a etnia Macuxi e sonha em ser professor de Astronomia.

Empresas que possuem interesse em realizar investimento no projeto OMUNGA no Monte Roraima, via Lei de Incentivo à Cultura ou não, devem escrever para [email protected].

E você, que deseja fazer doações para viabilizar o projeto OMUNGA no Monte Roraima, ou para as demais iniciativas da OMUNGA, clique aqui. DOE o valor que desejar, a partir de R$1,00, de modo pontual ou mensal. Assim, poderemos impactar ainda mais crianças e professores que vivem em regiões distantes ou isoladas.

Abaixo, veja mais algumas fotos da visita de Roberto Pascoal em Uiramutã.

Desde já, a OMUNGA agradece o apoio e o engajamento de ASSINANTES, DOADORES e PARCEIROS que abraçam nossos projetos e viabilizam as nossas ações pelas regiões mais longínquas e distantes do Brasil.

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Até a próxima!

Um forte abraço,
TIME DA OMUNGA
[email protected] | (47) 3305 6716

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