3 maneiras de ajudar crianças em situação de vulnerabilidade

As crianças frequentemente são vistas como representantes do nosso futuro. No entanto, nem todas têm a oportunidade de se enxergar neste papel já que não possuem acesso aos itens essenciais para o desenvolvimento humano, como o conhecimento, a educação e a cultura, por exemplo.

Em muitas regiões do Brasil, o alcance a estas demandas é insuficiente, deixando crianças e adolescentes desassistidos e com menos oportunidades para construírem o seu futuro e o do mundo. Por causa desta falta de acesso, elas são impedidas de sonhar e de contarem com a autonomia para buscarem uma nova história.

Para se ter ideia, de acordo como a Síntese de Indicadores Sociais 2020, do IBGE, as crianças são as que mais sofrem com a vulnerabilidade social. O relatório aponta que o índice de pobreza é maior entre as crianças do que entre adultos, sendo essa realidade uma tendência observada em todo o mundo.

Entre a população infantil brasileira com até 14 anos de idade, por exemplo, 11,3% estão em situação de extrema pobreza e 41,7% estão situação de pobreza.

 

Foto: Daniel Machado

 

Situação de pobreza influência na frequência escolar

 

A vulnerabilidade social e a falta de acesso influenciam na frequência escolar. O relatório do IBGE ainda mostra que a taxa de frequência escolar bruta das crianças de 0 a 3 anos é de 35,6%. Já entre os 4 e 5 anos, a taxa de frequência atingiu 92,9% em 2019.

Mesmo que o número pareça alto, o país não atingiu os marcos educacionais previstos no Plano Nacional de Educação (PNE). O objetivo é que o Brasil atinja, até 2024, o número de 100% de frequência escolar na pré-escola e 50% para as crianças de até 3 anos .

Outra estatística que demonstra o quanto a desigualdade social prejudica a educação é a quantidade de jovens sem formação. Segundo o IBGE, dos que têm entre 15 a 29 anos de idade, por exemplo, cerca de 23,8 milhões não tem ensino superior ou não frequentam escolas.

 

Foto: Daniel Machado

 

A principal razão apontada por eles para a desistência dos estudos é a necessidade de começar a trabalhar para ajudar/manter a família. No caso das mulheres, inclui-se também a gravidez precoce na lista de razões. Deste modo, se quisermos construir um mundo melhor, é preciso dar condições para que todos tenham acesso aos de desenvolvimento humano.

 

Como você pode apoiar o desenvolvimento de crianças? 

 

A OMUNGA acredita que uma sociedade mais justa e humana é construída por meio da educação. Você também acredita que crianças e adolescentes têm o direito de frequentar a escola e terminar seus estudos para se desenvolver?

Se você quer fazer da construção de um mundo melhor, onde todos tenham a oportunidade de escolher seu próprio caminho, mas não sabe por onde começar, então este post é pra você. Abaixo, listamos 3 maneiras simples de ajudar no desenvolvimento de crianças e adolescentes.

 

1. Estimule o aprendizado e a leitura

 

Durante as expedições da OMUNGA, conhecemos várias crianças em idade escolar que nunca tiveram contato com livros ou bibliotecas. A literatura tem um papel essencial no desenvolvimento infantil porque estimula a criatividade, a empatia, o raciocínio e o desenvolvimento cognitivo.

Agora, imagine o quanto a literatura pode ser transformadora para crianças e adolescentes em situação de pobreza? Para quem vivencia a vulnerabilidade social, a literatura representa um potencial de mudança. Isso porque ela fortalece as competências pessoais e oportuniza a realização de sonhos.

E você pode ser a ponte de uma criança para acessar essa “potência interior”. Por exemplo, distribua livros que você já leu para comunidades próximas da sua casa; incentive uma criança do seu convívio a ler ou apoie causas e movimentos que tenham como objetivo promover acesso a livros, bibliotecas e educação.

 

Foto: Daniel Machado

 

2. Colabore com projetos sociais que ajudem crianças

 

Você sabia que para ajudar crianças em situação de vulnerabilidade não precisa sair de casa? Muitas organizações não governamentais (ONGs) e empreendimentos sociais atuam em prol do futuro de crianças, em demandas pouco assistidas pelo Poder Público, como educação e saúde, por exemplo.

Essas instituições têm projetos que podem ser incentivados à distância, por meio de auxílio financeiro ou voluntário. Escolha uma causa que se alinhe mais ao seu propósito e engaje-se. Um bom caminho para começar é pesquisar as ONGs que tenham uma gestão eficiente, sustentável e foco na transparência.

Também verifique os prêmios e certificações que a entidade possui, leia histórias de crianças impactadas pela organização social, entenda quais são os projetos realizados e onde eles acontecem. Para te ajudar, neste link você consulta uma lista de ONGs certificadas com o Selo Doar – certificação nacional emitida pelo Instituto Doar de credibilidade e confiança das instituições.

 

3. Incentive o protagonismo social

 

O protagonismo social faz com que crianças e adolescentes evoluam do papel de espectador para indivíduos com a capacidade de participar das decisões, expressando opiniões e necessidades próprias. Isso ajuda a se reconhecerem como agentes responsáveis dentro de uma sociedade, principalmente as crianças,.

 

Foto: Daniel Machado

 

Incentivá-las ao protagonismo faz com que consigam buscar o seu próprio desenvolvimento. Isso porque demonstra o quanto são importantes, não só por representarem o futuro, mas porque no presente também têm muito a contribuir.

Além disso, incentivar o protagonismo desde a infância traz diversos benefícios. Por exemplo, estimula o desenvolvimento do autoconhecimento e da autoestima, aumenta a empatia e o respeito às diferenças, promove senso de cidadania e pertencimento.

Nas regiões onde a OMUNGA atua, por exemplo, incentivar este protagonismo social ainda garante a oportunidade de elas realizarem sonhos. E o mais bacana é que, dentre as ações para estimular o protagonismo infantil, uma é bem simples: a escuta ativa.

Portanto, fique atento para compreender as necessidades e vontades das crianças que estão ao seu redor, mesmo que seja por meio de sinais. Incentive este empoderamento e comece a inspirar mais pessoas a fazer o mesmo.

 

Seja mais feliz ajudando crianças e cause impactos positivos

 

Foto: Daniel Machado

 

Apesar de termos listado 3 itens, existem muitas formas para ajudar crianças e adolescentes a enxergarem um futuro melhor: esteja socialmente aberto, aprimore o seu espírito colaborativo e o seu senso de humanidade.

Praticar estas ações ajudam a reconhecer novas realidades e contextos, fazendo-nos enxergar caminhos que levem a transformação social. O ato de ajudar nos conecta aos outros, criando comunidades mais fortes e ajudando a construir uma sociedade mais feliz para todos.

E não é só com dinheiro – podemos ajudar com tempo, ideias e energia. Então, se você quer se sentir bem, faça o bem! Isso ajudará a construir um mundo melhor, mudando a realidade de regiões vulneráveis e promovendo mais educação para todas as crianças e adolescentes.

Muito obrigado e até a próxima! 😊

Redação OMUNGA